Desafios e Triunfos: A Jornada do Governo de Santa Catarina sob a liderança de Jorginho Mello

Desafios e Triunfos: A Jornada do Governo de Santa Catarina sob a liderança de Jorginho Mello

Com decisões difíceis e avanços significativos, gestão enfrenta turbulências e conquista vitórias em meio a um cenário nacional incerto

Por Redação | 9 de maio de 2025

Assumir o governo de Santa Catarina em janeiro de 2023 foi, para Jorginho Mello, mais que uma vitória eleitoral — foi o início de uma jornada desafiadora, marcada por decisões impopulares, rupturas administrativas e a difícil tarefa de recuperar a saúde financeira do Estado. Hoje, dois anos depois, a gestão estadual já pode exibir conquistas expressivas, mesmo diante de crises nacionais, pressão por resultados e altos índices de exigência da população catarinense.

O primeiro obstáculo foi o rombo orçamentário herdado. O governo precisou tomar medidas emergenciais para cortar gastos e evitar o colapso de serviços públicos. Isso incluiu o congelamento de contratações, auditorias em contratos e revisão de benefícios fiscais. As decisões trouxeram críticas — especialmente de setores impactados — mas foram essenciais para restaurar o equilíbrio fiscal, permitindo que o Estado voltasse a investir sem depender de endividamento.

Com as contas sob controle, o governo conseguiu virar a chave e iniciar uma fase de reconstrução. A saúde pública, por exemplo, enfrentava um cenário caótico, com filas de espera superiores a um ano para cirurgias eletivas. A criação do programa Fila Zero e o aporte de recursos extras permitiram acelerar o atendimento em várias regiões, ainda que os gargalos estruturais e a escassez de profissionais continuem sendo um desafio constante.

Na educação, o grande triunfo foi o lançamento do programa Universidade Gratuita, que expandiu o acesso ao ensino superior para estudantes de baixa renda. Ainda assim, críticas surgiram em relação à distribuição de vagas e à inclusão de instituições privadas no projeto. A infraestrutura escolar também exigiu atenção especial, com centenas de escolas em estado precário no início da gestão. O governo iniciou reformas e aquisições de equipamentos, mas o impacto ainda não é sentido de forma uniforme em todo o território.

Outro ponto de tensão tem sido a segurança pública. Embora os indicadores de criminalidade tenham recuado em algumas regiões, a interiorização da violência e a disputa entre facções em áreas urbanas continuam preocupando. O investimento em viaturas, armamentos e inteligência policial foi intensificado, mas o efetivo policial ainda é insuficiente, e concursos públicos foram cobrados por entidades da classe.

Por outro lado, um dos maiores acertos do governo foi sua política de desenvolvimento econômico regional. A atração de investimentos por meio de incentivos fiscais mais transparentes rendeu frutos: R$ 23,7 bilhões em novos projetos e geração de mais de 85 mil empregos. Programas como o Prodec e o TTD têm fortalecido a indústria, especialmente em regiões fora do eixo litoral.

A aproximação com os municípios também tem sido uma marca forte. Jorginho percorreu todo o Estado em eventos públicos, ouvindo prefeitos e lideranças locais. Esse contato direto permitiu ajustes em obras paralisadas, novos convênios e mais agilidade na execução de projetos — embora algumas críticas apontem que há concentração de recursos em regiões politicamente estratégicas.

A jornada do governo catarinense tem sido, até aqui, uma montanha-russa entre cortes duros e entregas consistentes. Se por um lado enfrenta críticas por sua rigidez administrativa, por outro, Jorginho Mello vem conquistando reconhecimento por manter o Estado de pé num período em que outras unidades federativas enfrentam colapsos fiscais e sociais. O equilíbrio entre rigor e entrega ainda é tênue — mas até o momento, Santa Catarina avança.

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